sábado, 7 de julho de 2007

Mesas do sábado - Completo

Mesa 11 – 10h
NELSON RODRIGUES ATO 3 - Nelson Motta, Leyla Perrone-Moisés e Nuno Ramos
Nuno Ramos é um artista plástico que virou escritor, dos melhores. Leyla Perrone-Moisés é professora de literatura e ensaísta, das melhores. Nuno e Leyla escreveram instigantes ensaios sobre o dramaturgo. Nesta mesa, reunimos os três personagens em busca de um autor.

Mesa 12 – 11h45
DOIS LADOS DO BALCÃO - César Aira e Silviano Santiago
Os talentos criativos exigidos pela ficção são distintos das faculdades analíticas necessárias ao ensaísta. Poucos autores conseguem ser igualmente bem sucedidos nesses dois âmbitos. César Aira, o mais importante romancista argentino, é reconhecido também por sua crítica apurada em obras como o respeitado Diccionario de autores latinoamericanos. O destacado ensaísta e crítico literário brasileiro Silviano Santiago conseguiu impor-se igualmente como ficcionista, por conta de narrativas imaginativas como em Em liberdade. No palco, discutirão de que maneira ficção e ensaio se sobrepõem e fecundam um ao outro.

Mesa 13 – 15h
PERDOA-ME POR ME TRAÍRES - Alan Pauls e Maria Rita Kehl
Com seu prestigiado romance O passado, o escritor Alan Pauls usa o desencantamento de um casal para fazer um inventário das doenças contemporâneas do amor, com todos os seus egocentrismos e consumismos sentimentais. “Existe alguma diferença entre o amor e a doença?”, pergunta Pauls. A FLIP buscou a pessoa certa para responder à revelação da literatura latino-americana. A psicanalista Maria Rita Kehl entende como poucos de amor e de desamor, de doenças contemporâneas e, não menos importante, de literatura.

Mesa 14 - 17h
NARRATIVAS DE CONFLITO - Lawrence Wright e Robert Fisk
Para Ernest Hemingway, coragem é não perder a elegância mesmo sob pressão. Os dois convidados desta mesa traduzem essa idéia com perfeição. Poucos jornalistas em atividade enfrentaram desafios tão grandes com tamanha elegância. Robert Fisk, correspondente do jornal britânico “The Independent” no Oriente Médio e autor de A grande guerra pela civilização e de Pobre nação, ambos trabalhos de fôlego lançados recentemente no Brasil, demonstrará isso em conversa com o jornalista Lawrence Wright, cujo livro O vulto das torres, ganhador do Prêmio Pulitzer deste ano, revela de modo brilhante as raízes dos trágicos eventos de 11 de setembro.

Mesa 15 – 19h
DIÁRIO DE UM ANO RUIM - J.M. Coetzee
O ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 2003 marcará presença na FLIP deste ano, trazendo, em première mundial, trechos de seu próximo livro, Diary of a Bad Year. Na obra de Coetzee, as fronteiras entre a narrativa ficcional e o discurso ensaístico nem sempre estão bem definidas. Em Parati, o autor lerá fragmentos de ensaios escritos pelo protagonista de seu novo romance, um velho acadêmico australiano que expressa suas opiniões sobre assuntos mundiais contemporâneos.

Mesa 16 – 22h
UM BEIJO NO ASFALTO - Vários Autores
Poucos se lembram, mas Nelson Rodrigues foi ator. Viveu o Tio Raul, de sua peça “Perdoa-me por me traíres”, por dez dias no Municipal do Rio. Não ameaçou Laurence Olivier, mas saiu da experiência achando que “o engano milenar do teatro é que fez o palco um espaço exclusivo de atores e atrizes”. De olho nisso, a diretora Bia Lessa fará na FLIP uma leitura da peça rodrigueana “O beijo no asfalto” com autores no lugar de atores. São ficcionistas, ensaístas, importantes estudiosos de Nelson. Com vocês, Adriana Armony, André Sant’Anna, Angela Leite Lopes, Carlito Azevedo, Chacal, Flora Süssekind, Jorge Mautner, Liz Calder, Miguel Rio Branco, Nelson Motta, Sergio Sant’Anna, Silviano Santiago, Suzana Macedo e Veronica Stigger. A banda “Os ritmistas”, formada por três bateristas, fará intervenções para valorizar a musicalidade dos diálogos e intensidade das cenas.

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